terça-feira, dezembro 23, 2008

DreiKlangsDimensionen

Não sou conhecedor de Jazz, nem quero passar a falsa ideia que até percebo alguma coisa. Não.
Se alguém que assuma conhecer quase nada de Jazz se sentir minimamente curioso, vale para mim todo o trabalho.
Vou apenas mencionar alguns discos que comprei recentemente, a maioria na flur, baseando- me apenas nas notas de autor, tudo o que disser além disso são puras barbaridades que jamais definirão a música destes génios.

Em Voodoo Funk, o autor faz viagens por África, a profunda, com gira discos portátil para angariar raridades, ouro bruto, que vê assim a luz do dia. Podemos ouvir algumas coisas em mixtape- assim o valor e a autencicidade mantêm- se intocáveis.

HERBIE HANCOCK- MWANDISHI (1971, Warner Bros.)
A carreira de Hancock é matéria para largos anos de estudo, várias fases- jazz, bebop, hard bop, free jazz, soul jazz, jazz funk, Disco.
Mwandishi significa "compositor" em Swahili, é também um apelido adoptado por Herbie, como álbum é livre e muito improvisado, com secção rítmica impressionante.
"Ostinato" é dedicada à activista política Angela Davis.
Nunca o deixarei muito longe...

JOHN COLTRANE- A LOVE SUPREME (1964, Impulse)
Segundo o próprio, foi um "acordar" espiritual em 1957 que permitiu uma vida rica, completa e mais produtiva. Coltrane dá graças a Deus por ter o previlégio de fazer os outros felizes através da música.
É considerado um clássico absoluto, um dos mais importantes e influentes discos de Jazz jamais feitos.
Joaquim Paulo, Português coleccionador compulsivo de Jazz em vinil, que editou recentemente o premiado Jazz Covers pela Taschen, considera este o seu disco favorito...

SUN RA AND HIS ARKESTRA- JAZZ BY SUN RA (1956, Delmark)
A edição que tenho é intutulada de Sun Song, mas penso que aquele é o título original.
Contudo Sun Song encaixa como uma luva, o álbum é facilmente belo apesar de extremamente complexo, não, não é paradoxal :)
Os rimos quentes aproximam- nos de África, lá podemos apanhar sol, vezes sem conta... Perfeito!

SUN RA AND HIS MYTH SCIENCE ARKESTRA- ANGELS AND DEMONS AT PLAY (1957, Saturn Research)
Álbum tribal, obscuro e místico até. São usados vários instrumentos de sopro, mas são as congas que criam a floresta densa...
"My point of view is the thought of a better, untried reality."



ANDREW HILL- POINT OF DEPARTURE (1964, Blue Note)

Ponto de partida para novos caminhos ainda em pleno séc. XXI e sem dúvida a cada audição. Pianista exímio e genial compositor, cria melodias reais mas tão labirínticas que um ouvido destreinado pensará ouvir sempre um novo disco- eu!
Contudo torna- se um prazer enorme, leva tempo... é bom, não sai.

DON CHERRY- COMPLETE COMMUNION (1965, Blue Note)
Este é o primeiro álbum de Don Cherry após sair do Ornette Coleman Quartet. Em frente, Cherry cria 2 faixas com 4 compoições cada gravadas num só take, cada elemento do grupo entrega- se a associações livres antes de engrenar numa nova composição, ou seja, um diálogo harmonioso, dançante e encantador.

JP

4 comentários:

Shumway disse...

Pode-se não perceber de jazz, mas percebe-se de boa música :-)

Abraço

prozac disse...

Obrigado Shumway pelos comentários, i appreciate a lot!!
Em breve também falarei de alguns álbuns que conheci no teu belo blogue!
abraço
JP

Anónimo disse...

Falta aqui o Miles Davis... esse "menino" tambem merece cá estar.
Grande abraco!

Pinto

prozac disse...

verdade,
numa próxima grande pinto :)