sexta-feira, dezembro 26, 2008
Special Disco Version
Nova mixtape para fechar 08.
Ritmos quentes com centro no desejo de calor tropical. Curtis Mayfield à cabeça apresenta alguns destaques, Uptown Funk Empire acertam em cheio nas cabeças Funk juntamente com Kinny e Soultwisters, Shawn Lee com a Orquestra Ping Pong fazem Nigéria- Brasil em menos de 10 minutos e Mudd & Smith tornam a Claremont 56 paragem obrigatória.
PROZAC_MIX_25_CURTIS (ZShare)
Playlist:
>curtis mayfield- other side of town
>uptown funk empire- i`m a manchild
>kinny feat nostalgia 77- enough said
>jazzanova- i can see feat. ben westbeech
>the soultwisters- clyde
>shawn lee`s ping pong orchestra- lagos calling
>city reverb- seventy three (senor cornu rmx)
>shawn lee`s ping pong orchestra- brazilian bubble
>nazan soray- hal hal (baris k edit)
>gill scott- heron/ brian jackson- the bottle
>al green- stand up
>smith & mudd- the delivery man
>prosumer & murat tepeli- serenity (soundstream rmx)
>holger czukay- cool in the pool
Ainda,
Sem ordenação, 12 álbuns comprados em 2008 pelos quais tenho particular afeição, a música e a envolvente material/ gráfica, são preponderantes e quase indissociáveis. A lista iria variar se a fizesse diariamente ao sabor do momento, ainda assim:
>BEACH HOUSE- DEVOTION, CD
>CALEXICO- CARRIED TO DUST, CD
>PAUL WELLER- 22 DREAMS, CD Special Ed.
>DEPARTMENT OF EAGLES- IN EAR PARK, CD
>WOOLFY VS PROJECTIONS- THE ASTRAL PROJECTIONS OF STARLIGHT, CD
>QUIET VILLAGE- SILENT MOVIE, LP
>SHAWN LEE`S PING PONG ORCHESTRA- MILES OF STYLES, LP
>STEPHEN MALKMUS & THE JICKS- REAL EMOTIONAL TRASH, CD
>JAMIE LIDELL- JIM, CD
>AVEY TARE- PULLHAIR RUBEYE, CD
>KING CREOSOTE- THEY FLOCK LIKE VULCANS TO SEE OLD JUPITER EYES ON HIS HOME CRATERS, CD
>SECRET MACHINES- SECRET MACHINES, CD
Desejo- vos tudo de bom,
JP
terça-feira, dezembro 23, 2008
DreiKlangsDimensionen
Não sou conhecedor de Jazz, nem quero passar a falsa ideia que até percebo alguma coisa. Não.
Se alguém que assuma conhecer quase nada de Jazz se sentir minimamente curioso, vale para mim todo o trabalho.
Vou apenas mencionar alguns discos que comprei recentemente, a maioria na flur, baseando- me apenas nas notas de autor, tudo o que disser além disso são puras barbaridades que jamais definirão a música destes génios.
Em Voodoo Funk, o autor faz viagens por África, a profunda, com gira discos portátil para angariar raridades, ouro bruto, que vê assim a luz do dia. Podemos ouvir algumas coisas em mixtape- assim o valor e a autencicidade mantêm- se intocáveis.
HERBIE HANCOCK- MWANDISHI (1971, Warner Bros.)
A carreira de Hancock é matéria para largos anos de estudo, várias fases- jazz, bebop, hard bop, free jazz, soul jazz, jazz funk, Disco.
Mwandishi significa "compositor" em Swahili, é também um apelido adoptado por Herbie, como álbum é livre e muito improvisado, com secção rítmica impressionante.
"Ostinato" é dedicada à activista política Angela Davis.
Nunca o deixarei muito longe...
JOHN COLTRANE- A LOVE SUPREME (1964, Impulse)
Segundo o próprio, foi um "acordar" espiritual em 1957 que permitiu uma vida rica, completa e mais produtiva. Coltrane dá graças a Deus por ter o previlégio de fazer os outros felizes através da música.
É considerado um clássico absoluto, um dos mais importantes e influentes discos de Jazz jamais feitos.
Joaquim Paulo, Português coleccionador compulsivo de Jazz em vinil, que editou recentemente o premiado Jazz Covers pela Taschen, considera este o seu disco favorito...
SUN RA AND HIS ARKESTRA- JAZZ BY SUN RA (1956, Delmark)
A edição que tenho é intutulada de Sun Song, mas penso que aquele é o título original.
Contudo Sun Song encaixa como uma luva, o álbum é facilmente belo apesar de extremamente complexo, não, não é paradoxal :)
Os rimos quentes aproximam- nos de África, lá podemos apanhar sol, vezes sem conta... Perfeito!
SUN RA AND HIS MYTH SCIENCE ARKESTRA- ANGELS AND DEMONS AT PLAY (1957, Saturn Research)
Álbum tribal, obscuro e místico até. São usados vários instrumentos de sopro, mas são as congas que criam a floresta densa...
"My point of view is the thought of a better, untried reality."
ANDREW HILL- POINT OF DEPARTURE (1964, Blue Note)
Ponto de partida para novos caminhos ainda em pleno séc. XXI e sem dúvida a cada audição. Pianista exímio e genial compositor, cria melodias reais mas tão labirínticas que um ouvido destreinado pensará ouvir sempre um novo disco- eu!
Contudo torna- se um prazer enorme, leva tempo... é bom, não sai.
DON CHERRY- COMPLETE COMMUNION (1965, Blue Note)
Este é o primeiro álbum de Don Cherry após sair do Ornette Coleman Quartet. Em frente, Cherry cria 2 faixas com 4 compoições cada gravadas num só take, cada elemento do grupo entrega- se a associações livres antes de engrenar numa nova composição, ou seja, um diálogo harmonioso, dançante e encantador.
JP
Se alguém que assuma conhecer quase nada de Jazz se sentir minimamente curioso, vale para mim todo o trabalho.
Vou apenas mencionar alguns discos que comprei recentemente, a maioria na flur, baseando- me apenas nas notas de autor, tudo o que disser além disso são puras barbaridades que jamais definirão a música destes génios.
Em Voodoo Funk, o autor faz viagens por África, a profunda, com gira discos portátil para angariar raridades, ouro bruto, que vê assim a luz do dia. Podemos ouvir algumas coisas em mixtape- assim o valor e a autencicidade mantêm- se intocáveis.
HERBIE HANCOCK- MWANDISHI (1971, Warner Bros.)
A carreira de Hancock é matéria para largos anos de estudo, várias fases- jazz, bebop, hard bop, free jazz, soul jazz, jazz funk, Disco.
Mwandishi significa "compositor" em Swahili, é também um apelido adoptado por Herbie, como álbum é livre e muito improvisado, com secção rítmica impressionante.
"Ostinato" é dedicada à activista política Angela Davis.
Nunca o deixarei muito longe...
JOHN COLTRANE- A LOVE SUPREME (1964, Impulse)
Segundo o próprio, foi um "acordar" espiritual em 1957 que permitiu uma vida rica, completa e mais produtiva. Coltrane dá graças a Deus por ter o previlégio de fazer os outros felizes através da música.
É considerado um clássico absoluto, um dos mais importantes e influentes discos de Jazz jamais feitos.
Joaquim Paulo, Português coleccionador compulsivo de Jazz em vinil, que editou recentemente o premiado Jazz Covers pela Taschen, considera este o seu disco favorito...
SUN RA AND HIS ARKESTRA- JAZZ BY SUN RA (1956, Delmark)
A edição que tenho é intutulada de Sun Song, mas penso que aquele é o título original.
Contudo Sun Song encaixa como uma luva, o álbum é facilmente belo apesar de extremamente complexo, não, não é paradoxal :)
Os rimos quentes aproximam- nos de África, lá podemos apanhar sol, vezes sem conta... Perfeito!
SUN RA AND HIS MYTH SCIENCE ARKESTRA- ANGELS AND DEMONS AT PLAY (1957, Saturn Research)
Álbum tribal, obscuro e místico até. São usados vários instrumentos de sopro, mas são as congas que criam a floresta densa...
"My point of view is the thought of a better, untried reality."
ANDREW HILL- POINT OF DEPARTURE (1964, Blue Note)
Ponto de partida para novos caminhos ainda em pleno séc. XXI e sem dúvida a cada audição. Pianista exímio e genial compositor, cria melodias reais mas tão labirínticas que um ouvido destreinado pensará ouvir sempre um novo disco- eu!
Contudo torna- se um prazer enorme, leva tempo... é bom, não sai.
DON CHERRY- COMPLETE COMMUNION (1965, Blue Note)
Este é o primeiro álbum de Don Cherry após sair do Ornette Coleman Quartet. Em frente, Cherry cria 2 faixas com 4 compoições cada gravadas num só take, cada elemento do grupo entrega- se a associações livres antes de engrenar numa nova composição, ou seja, um diálogo harmonioso, dançante e encantador.
JP
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Infusion
Gosto de discos, editoras, lojas de discos, alguns programas de rádio e mixtapes. Dão coerência, fidelidade, relação e consequentemente afecto à música e afectos são quase tudo o que temos...
Entre outras coisas alguns discos novos: Icasol a tender para o infinito com Idjut Boys na Claremont 56, Pallers da Suécia via Labrador e belas versões a acompanhar Humdrum. Na incontornável Bear Funk temos Lusty Zanzibar, com versão do patrão Steve Kotey, que live é muito bom! Ainda da Dumb Angel uma paixão em City Reverb- The Alternative Remix EP, aqui tudo é maravilhoso, tudo.
Chá quente é apenas sugestão,
PROZAC_MIX_24_HOT_TEA (ZShare)
Playlist:
>icasol- ongou (idjut boys rmx)
>pallers- hundrum (pallers delight version)
>city reverb- ghetto glamour (time & space machine rmx)
>jam- roy`s cat
>jimi tenor- outta space
>tokyo black star- black star (feat. rich medina)
>candido- thousand finger man (dj marky)
>lusty zanzibar- for my friends (original mix)
>vodka collins- automatic pilot
>pink floyd- flaming/ pow r. toc h.
Hope you enjoy,
JP*
terça-feira, dezembro 16, 2008
Yura Yura Teikoku
3 álbuns editados em 2008, música com alma, bebendo da mãe África.
BIGGABUSH presents 13 FACES OF LIGHTNING HEAD (Head Lion, 2008)
Glyn "Bigga" Bush leva- nos numa viagem hipnótica pelo Afrobeat, Funk, música etíope e Jazz.
Mas é na entrega que o álbum se destaca, aqui tudo parece vivido no Este africano, quando geograficamente foi no Sul de Inglaterra que tudo aconteceu.
No que respeita à poesia temos como convidados: Earl Zinger, Gilles Peterson, Candice Cannabis, Blanquito Man e Lariman Ojelade.
Fela Kuti estaria orgulhoso ;)
RHYTHM FUNK MASTERS- AFRO AMERICAN ARCTIC (P- Vine, 2008)
As coordenadas são fornecidas no título do disco. Banda finlandesa, com sonoridade afro no calor e americana na técnica. No que respeita ao calor, deve ter surgido a ideia de o produzir para suportar os longos meses de frio e escuridão nórdicos, evitando assim sauna seguida de banhos gélidos!
Surpreendente e muito, muito groovy!
Ouvi- o assim <
JAZZANOVA- OF ALL THE THINGS (Verve, 2008)
Novamente Gilles Peterson envolvido, desta vez na produção.
Veja- se alguns dos artistas convidados para este álbum (Leon Ware, Dwele, Phonte, Paul Randolph, Ben Westbeech e Jose James) e podemos ter uma ideia do quão multifacetado é.
Pessoalmente prefiro a 1ª parte, mais de amores com a soul e minúcia absoluta nos arranjos. É de facto um prazer enorme e com bons headphones... Oh my!
Ainda,
Movimentos à margem que nos trazem novo folgo à fusão.
Voltamos a lembrar Cabaret Voltaire do início ou Holger Czukay (lembrei- me deles apenas porque os tenho ouvido), através de Baris K de Istambul com edits incríveis e deliciosos originais, lembrando que o médio oriente não é só o que vemos na TV.
Slght Delay são Tiago & Alcides- Portugal, sim! Editaram pela magnífica Rong. Narco- Disco (Jadded ;) e perdição oriental no lado A. Harvey claro não se esconde, até porque Slight Delay e Sarcastic Disco partilham iniciais, coincidência?:>
JP*
BIGGABUSH presents 13 FACES OF LIGHTNING HEAD (Head Lion, 2008)
Glyn "Bigga" Bush leva- nos numa viagem hipnótica pelo Afrobeat, Funk, música etíope e Jazz.
Mas é na entrega que o álbum se destaca, aqui tudo parece vivido no Este africano, quando geograficamente foi no Sul de Inglaterra que tudo aconteceu.
No que respeita à poesia temos como convidados: Earl Zinger, Gilles Peterson, Candice Cannabis, Blanquito Man e Lariman Ojelade.
Fela Kuti estaria orgulhoso ;)
RHYTHM FUNK MASTERS- AFRO AMERICAN ARCTIC (P- Vine, 2008)
As coordenadas são fornecidas no título do disco. Banda finlandesa, com sonoridade afro no calor e americana na técnica. No que respeita ao calor, deve ter surgido a ideia de o produzir para suportar os longos meses de frio e escuridão nórdicos, evitando assim sauna seguida de banhos gélidos!
Surpreendente e muito, muito groovy!
Ouvi- o assim <
JAZZANOVA- OF ALL THE THINGS (Verve, 2008)
Novamente Gilles Peterson envolvido, desta vez na produção.
Veja- se alguns dos artistas convidados para este álbum (Leon Ware, Dwele, Phonte, Paul Randolph, Ben Westbeech e Jose James) e podemos ter uma ideia do quão multifacetado é.
Pessoalmente prefiro a 1ª parte, mais de amores com a soul e minúcia absoluta nos arranjos. É de facto um prazer enorme e com bons headphones... Oh my!
Ainda,
Movimentos à margem que nos trazem novo folgo à fusão.
Voltamos a lembrar Cabaret Voltaire do início ou Holger Czukay (lembrei- me deles apenas porque os tenho ouvido), através de Baris K de Istambul com edits incríveis e deliciosos originais, lembrando que o médio oriente não é só o que vemos na TV.
Slght Delay são Tiago & Alcides- Portugal, sim! Editaram pela magnífica Rong. Narco- Disco (Jadded ;) e perdição oriental no lado A. Harvey claro não se esconde, até porque Slight Delay e Sarcastic Disco partilham iniciais, coincidência?:>
JP*
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Peace Go With You, Brother
Alguns discos comprados na secção de clássicos da flur.
Como de costume as datas apresentadas são da edição original, com editora da reedição. Facilitanto a contextualização e a aquisição. Assim pretendo, pelo menos :)
GIL SCOTT- HERON/ BRIAN JACKSON- WINTER IN AMERICA (1973, Snap)
Obra- prima.
Perfeição de início ao fim. Toda a alma parece estar exposta mesmo ali. Entrega total na intervenção e revolução de mentalidades. A nossa contemplação ao som do piano e do baixo. Arrepiante! Entramos noutra dimensão- levitante da qual não queremos sair, sabendo de antemão que nunca nos afasteremos muito da porta.
Nada melhor do que algumas notas de autor: "...We approach winter, the most depressing period in the history of this industrial empire, with treats of oil shortages and energy crises. But we, as black people, have been a source of endless energy, endless beauty, and endless determination. I have many things to tell you about tomorrow`s love and light. We will see you in the spring...".
AL GREEN- CALL ME (1973, EMI)
Clássico absoluto da soul.
Sou fã incondicional de Al Green e devarinho vou juntando as peças. Neste álbum de Deus e amor... bem, podem confundir- se dependendo da fé. A voz suavemente inconfundível com arranjos simples mas brilhantes, proporcionam ao ouvinte uma cama de nuvens, a utilidade que lhe damos, é cá connosco :)
Inclui ainda duas covers, bem disfarçadas, de canções country. Uma delas I`m So Lonesome, How Could I Cry de Hank Williams e Funny How Time Slips Away de Willie Nelson.
"And perfection it remains"
JOHN CALE- PARIS 1919 (1973, Warner Bros.)
Após a 1ª Guerra Mundial foi assinado o Tratado de Versailhes, Paris, 28 de Julho de 1919. O tratado definia os termos de paz com as nações derrotadas, termos esses que a Alemanha não aceitou muito bem...
John Cale.
Muito antes de ter conhecido Lou Reed para os Velvet Underground, Cale já tinha larga experiência em música menos óbvia. Produziu também para os Stooges, Modern Lovers e Patti Smith.
Neste álbum há um equilíbrio perfeito entre experimentação e pop, sendo considerado um álbum "acessível". É, de facto, mas melhor- grandisamente belo!
PAUL McCARTNEY- McCARTNEY II (1979, MPL)
Gravado em casa, os microfones foram ligados directamente a uma tape machine de 16 entradas.
Rudimentar nos meios e na produção, magistral na audição.
Há aqui temas que percorrem caminhos obscuros da música psicadélica/ cósmica, provavelmente regados a psicotrópicos! Belos óculos que McCartney usa nas fotos internas ;)
Check my Machine!
A próxima salva será de Jazz: Andrew Hill, Don Cherry, Herbie Hancock, Sun Ra, John Coltrane... Wonderland e bom treino para ouvido!
Ainda o programa deste sábado, gravado directamente da emissão on- line da RVR.
Pode ouvir- se temas de álbuns aqui mencionados recentemente, entre outros que vão surgindo ao sabor do espírito.
PROZAC_PODCAST_13_12_2008 (ZShare)
(playlist is our voice)
Hope you enjoy,
JP*
Como de costume as datas apresentadas são da edição original, com editora da reedição. Facilitanto a contextualização e a aquisição. Assim pretendo, pelo menos :)
GIL SCOTT- HERON/ BRIAN JACKSON- WINTER IN AMERICA (1973, Snap)
Obra- prima.
Perfeição de início ao fim. Toda a alma parece estar exposta mesmo ali. Entrega total na intervenção e revolução de mentalidades. A nossa contemplação ao som do piano e do baixo. Arrepiante! Entramos noutra dimensão- levitante da qual não queremos sair, sabendo de antemão que nunca nos afasteremos muito da porta.
Nada melhor do que algumas notas de autor: "...We approach winter, the most depressing period in the history of this industrial empire, with treats of oil shortages and energy crises. But we, as black people, have been a source of endless energy, endless beauty, and endless determination. I have many things to tell you about tomorrow`s love and light. We will see you in the spring...".
AL GREEN- CALL ME (1973, EMI)
Clássico absoluto da soul.
Sou fã incondicional de Al Green e devarinho vou juntando as peças. Neste álbum de Deus e amor... bem, podem confundir- se dependendo da fé. A voz suavemente inconfundível com arranjos simples mas brilhantes, proporcionam ao ouvinte uma cama de nuvens, a utilidade que lhe damos, é cá connosco :)
Inclui ainda duas covers, bem disfarçadas, de canções country. Uma delas I`m So Lonesome, How Could I Cry de Hank Williams e Funny How Time Slips Away de Willie Nelson.
"And perfection it remains"
JOHN CALE- PARIS 1919 (1973, Warner Bros.)
Após a 1ª Guerra Mundial foi assinado o Tratado de Versailhes, Paris, 28 de Julho de 1919. O tratado definia os termos de paz com as nações derrotadas, termos esses que a Alemanha não aceitou muito bem...
John Cale.
Muito antes de ter conhecido Lou Reed para os Velvet Underground, Cale já tinha larga experiência em música menos óbvia. Produziu também para os Stooges, Modern Lovers e Patti Smith.
Neste álbum há um equilíbrio perfeito entre experimentação e pop, sendo considerado um álbum "acessível". É, de facto, mas melhor- grandisamente belo!
PAUL McCARTNEY- McCARTNEY II (1979, MPL)
Gravado em casa, os microfones foram ligados directamente a uma tape machine de 16 entradas.
Rudimentar nos meios e na produção, magistral na audição.
Há aqui temas que percorrem caminhos obscuros da música psicadélica/ cósmica, provavelmente regados a psicotrópicos! Belos óculos que McCartney usa nas fotos internas ;)
Check my Machine!
A próxima salva será de Jazz: Andrew Hill, Don Cherry, Herbie Hancock, Sun Ra, John Coltrane... Wonderland e bom treino para ouvido!
Ainda o programa deste sábado, gravado directamente da emissão on- line da RVR.
Pode ouvir- se temas de álbuns aqui mencionados recentemente, entre outros que vão surgindo ao sabor do espírito.
PROZAC_PODCAST_13_12_2008 (ZShare)
(playlist is our voice)
Hope you enjoy,
JP*
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Come Into The World
O ex- consultor da UNESCO Francis Bebey dá as boas- vindas. As portas da floresta estão abertas para nos perdermos, de olhos fechados... não vale a pena abri- los, a floresta é demasiado densa...
Boom Clap Bachelors da Dinamarca via Rui Vargas, dão- nos beleza e alento para proseguir. Pelo caminho encontramos Robert Wyatt & Bertrand Burgalat que nos dão mais indicações. Mas cuidado há perigos à espreita. Serpentes e belas dançarinas movendo deliciosamente seus ventres, que sentimos apenas com a polpa dos dedos, confiar ou não é pura intuição. Se tudo correr pelo melhor chegaremos a all mighty Sun Ra, aí podemos abir os olhos- há luz!
PROZAC_MIX_23_FOREST (ZShare)
Playlist:
>francis bebey- forest nativity
>boom clap bachelors- combine
>guem- le serpent
>lightning head- afro spot
>kamuran akor- ikimir bir fidaniz (baris k edit)
>santana- shades of time
>robert wyatt & bertrand burgalat- this summer night (hot chip rmx)
>city reverb- city of lights (prins thomas rmx)
>maelstrom- valdresfjellet
>ann margaret- everybody needs somebody (prins thomas edit)
>phil manzanera- gone flying
>sun ra & his arkestra- sun song- brainville
JP
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Boom Clap Bachelors
Heaven 17 abrem mais uma viagem, que abastece em Phil Collins via Idjut Boys, terminando em voo que só Wings permitem;)
PROZAC_MIX_22_HEAVEN (ZShare)
Playlist:
>heaven 17- this is mine (filmix shawn)
>deetron- let`s get over it (henrik schwarz rmx)
>friendly fires- paris (justus kohnke rmx)
>lykke li- a little bit (loving hand rmx)
>max berlin- elle et moi (joakim rmx)
>bombers- don`t stop the music
>phil collins- i`m not moving (idjut boys edit)
>kongas- tattoo woman
>kid creole & the coconuts- going places (zemix version)
>wings- band on the run (woolfy edit)
JP
This Summer Night
LITTLE JOY- LITTLE JOY (Rough Trade, 2008)
Da dita nova vaga de rock de há uns anos os Strokes são, de repente, a banda mais consistente, que traz material verdadeiramente interessante álbum após álbum. Isto não será por acaso. Os projectos laterais dos seus elementos, são também muito interessantes, como pudémos ver ainda este ano em Como te Llama? de Albert Hammond Jr., nunca descolando por completo da banda mãe- "bom filho a casa regressa".
O Little Joy são o projecto mais recente do baterista Fabrizio Moretti que curiosamente conheceu Rodrigo Amarante- vocalista/guitarrista dos Brasileiros Los Hermanos e também colaborador recente de Devendra Banhart, num festival aqui em Lisboa. Depois, juntou- se a multi- instrumentista Binki Shapiro, agora namorada de Moretti;), assim naceram os Little Joy.
Tropical, quente, suave e groovy. Big Joy!!
WINDSURF- COASTLINES (Internasjonal, 2008)
Os Windsurf são Daniel Judd dos Sorcerer e Sam Grawe dos Hatchback, já com várias provas passadas com distinção em diversos maxis- de autor, re- edits ou remisturas. A editora é comandada pelo capitão Prins Thomas, timoneiro de referência e não sujeito a round- robin :)
Encostem- se e relaxem, esta é banda- sonora! Lento mas funky, subtil mas house, recheado de pormenores que captam a atenção, há quem lhe chame baleárico.
Studio, A Mountain of One e Linstrom também praticam windsurf!
SIMON BOOKISH- EVERYTHING/EVERYTHING (Tomlab, 2008)
Penso que no fundo todos temos uma alma pop, não sei se é adquirido ou inato, mas essa vontade pop reprimida rompe, nem que seja num alter ego:)- não sou Freudiano, foi apenas uma metáfora;) e por vezes fica, como no caso de Joakim e Kelley Polar.
Aqui há uma orquestra imaginária, com espaço para batidas certeiras entre harpas, pianos e metais!
Bookish aka Leo Chadburn faz um disco notável, cheio de ideias- que não temos possibilidade de assimilar à primeira! Mas com o tempo fica.
Gosto de ouvir álbuns por inteiro.
Deixo estes temas com o intuíto de abrir o apetite:
Little Joy- Next Time Around (DivShare)
Windsurf- Pocket Check (DivShare)
Simon Bookish- Portrait of the Artist as a Fountain (DivShare)
PS. Round Robin, além de algoritmo, ficou conhecido por ser uma forma inócua de protesto, usada pelos marinheiros, contra o capitão das embarcações. Assinavam em roda, assim não havia cabeça de lista, pagavam todos! Isto sim é união:)
JP*
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