MICHAEL CHAPMAN - FULLY QUALIFIED SURVIVOR (re-edição)
Michael Chapman faz música há mais de 4 décadas. Quase o mesmo tempo passado no campo, numa quinta perto de Hadrian`s Wall. Nunca impedindo uma deslocação à cidade para um concerto e um copo. Actualmente, com 70 anos ainda o faz.
Além de magnifico guitarrista, Chapman tem uma voz segura e poderosa, fazendo lembrar Bowie em algumas ocasiões, mas para quem gosta de guitarra é nos interlúdios que se viaja!
Este álbum foi editado originalmente em 1970 pela Harvest/EMI. A re-edição da Light in the Attic facilita - através de uma cuidadosa remasterização - o gozo absoluto deste magnífico disco.
JP
sábado, dezembro 17, 2011
sábado, dezembro 10, 2011
The Truth Is Out There
JIM SULLIVAN- U.F.O (Light in the Attic, re-edição)
Diz a história que Jim Sullivan era um homem muito supersticioso, acreditava que havia vida noutros sistemas para além do nosso, ficava horas a olhar para as estrelas com a sua mulher a imaginar "se apenas pudéssemos ir lá...". De resto passava o dia a tocar guitarra e a receber amigos em casa, havia grandes festas e rolava muita química. Enfim nada que o sonho Californiano não inclua.
Neste UFO o suporte é feito por malta ligada a Phil Spector. O álbum é uma pérola "acid/psych (whatever)", toca mesmo na alma (verdade).
Certo dia Jim Sullivan comprou uma garrafa de vodka, pegou no carro... o carro foi encontrado com as luzes ligadas, uma guitarra, várias K7s, cópias do seu segundo álbum, pápeis da segurança social e o seu casaco. Jim tinha desaparecido no deserto de New Mexico.
Tudo aqui é místico. UFO?
"There`s a highway
telling me to go where I can.
Such a long way,
I don`t know even where I am.
Such a long way...long long long way."
JP
Diz a história que Jim Sullivan era um homem muito supersticioso, acreditava que havia vida noutros sistemas para além do nosso, ficava horas a olhar para as estrelas com a sua mulher a imaginar "se apenas pudéssemos ir lá...". De resto passava o dia a tocar guitarra e a receber amigos em casa, havia grandes festas e rolava muita química. Enfim nada que o sonho Californiano não inclua.
Neste UFO o suporte é feito por malta ligada a Phil Spector. O álbum é uma pérola "acid/psych (whatever)", toca mesmo na alma (verdade).
Certo dia Jim Sullivan comprou uma garrafa de vodka, pegou no carro... o carro foi encontrado com as luzes ligadas, uma guitarra, várias K7s, cópias do seu segundo álbum, pápeis da segurança social e o seu casaco. Jim tinha desaparecido no deserto de New Mexico.
Tudo aqui é místico. UFO?
"There`s a highway
telling me to go where I can.
Such a long way,
I don`t know even where I am.
Such a long way...long long long way."
JP
quinta-feira, dezembro 08, 2011
Cielo
A revoluções verdadeiras, profundas e duradoiras têm de vir "de dentro". Quando as convulsões internas são tumultuosas podem tender a serem expulsas, partilhadas, repetidas. A ver se perdem algum do seu significado. Com essa perda há esperança de arrastar alguma ansiedade. Às vezes resulta. Comigo pelo menos.
Assim volto à rota a que me proponho neste espaço - a música.
Mark McGuire - Get Lost (Mego)
Mark McGuire é o guitarrista dos Emeralds.
Pela Mego foi editado no início do ano o grandioso "A Young Person`s Guide to Mark McGuire". Este album reunia temas de trabalhos anteriores.
Este "Get Lost" surge num espaço temporal mais condensado. Todavia o álbum abre a porta para espaços abertos, um extensão do pensamento ou um suporte para pensar (pensar em qualquer coisa, não é preciso uma actividade intelectualmente complexa :). A base é a guitarra em modo "drone", efeitos sem "beat" e a espaços algumas palavras são sussurradas.
A experiência.
JP
Assim volto à rota a que me proponho neste espaço - a música.
Mark McGuire - Get Lost (Mego)
Mark McGuire é o guitarrista dos Emeralds.
Pela Mego foi editado no início do ano o grandioso "A Young Person`s Guide to Mark McGuire". Este album reunia temas de trabalhos anteriores.
Este "Get Lost" surge num espaço temporal mais condensado. Todavia o álbum abre a porta para espaços abertos, um extensão do pensamento ou um suporte para pensar (pensar em qualquer coisa, não é preciso uma actividade intelectualmente complexa :). A base é a guitarra em modo "drone", efeitos sem "beat" e a espaços algumas palavras são sussurradas.
A experiência.
JP
quarta-feira, novembro 16, 2011
Deus, Pátria e Família
Dentro da mesma empresa posso ter uma seguradora, um banco e uma agência de notação. Compro um produto A, um produto A bom, vendi muito para lá e os meus amigos também venderam. Ups, o produto A deixou de me dar as garantias de um pagamento regrado, parcelar e com juros chorudos. Kaos, lama, lodo, lixo, lixo menos, cloaca, aterro a céu aberto. Não quero esse produto A, acho que não me vai pagar como eu quero e como eu quero. Mas espera, tive uma ideia vou criar um seguro para o caso de ele não me pagar (claro que esse seguro não tem a mínima cobertura, mas ninguém regula por isso é na boa) e vou mostrar aos meus amigos. Vejam, vejam, tenho aqui outro produto B bom. O primeiro A não presta, não paga, não quero, acreditem que não vai pagar, vejam que não vai pagar, vejam com não pagou, foi chulado (ai desculpem, foi resgatado), viram eu disse-vos que aquilo não prestava, era cloaca menos. Mas este seguro B para não pagamentos é mesmo bom porque quanto menos possibilidade o produto A tem de pagar mais podem investir no produto B. Este produto B é bom, B de bom. O produto B serve também para produtos A chulados (ninguém regulada um caneco, eh eh eh). Olhem o produto B, bom a subir, olhem, olhem, invistam, invistam, eia dinheiro, kaos, regalo. Agora comprem e vendam, ta a subir, vendam, vendam, rendam, rendam (eia ninguém regula um pirilau, eh eh eh). Ups, acho que o produto A está mesmo doente, prekariatt, azalariatt, fome au proletarriatt. Não há problema - golpe de estado - amigo technokratt aun governatt. Comprem, comprem, vendam, vendam...
Queria falar do maravilhoso Mark McGuire- Get Lost, mas acabei na toilette porque ando muito preokupatt.
Queria falar do maravilhoso Mark McGuire- Get Lost, mas acabei na toilette porque ando muito preokupatt.
quinta-feira, novembro 10, 2011
Isaac "Redd" Holt Unlimited - Takers
TINARIWEN- TASSILI (2011
Num planeta insignificante (V2E003), uns seres insignificantes (os humanóides)exploravam seres da mesma espécie, submetendo os pobres coitados a pura escravatura. Ao mesmo tempo uns humanóides de gravata tinham uma reunião e utilizavam uns termos complicados como "globalização" e "profit" - termos que ainda hoje não percebi - mas nunca se referiam aos pobres explorados, era como a exploração tivesse sido banalizada e globalmente aceite. Estes humanóides eram tão egoístas que utilizavam todos os recursos que o insignificante V2E003 podia oferecer, depois andavam à porrada por causa de coisas como petróleo, religião ou pedaços de terra. Seres estranhos devo confessar. Não fiques desesperado caro amigo, tentarei ser breve. Os humanóides eram muito heterogéneos e havia-os de fundo bom. Mas olha isto. Havia uns humanóides que aproveitavam o "profit" e o punham à disposição de todos. Outros humanóides compravam e vendiam todos contentes, havia umas cotações que subiam e desciam, ninguém regulava nada e estes seres criavam produtos que de facto não existiam, mais uma vez davam-lhes nomes peculiares como "derivatives", "credit default swaps" ou "short selling", basicamente serviam para cotar tudo naqueles leilões, até os seguros contra falência, já estás a ver... Como a máquina não tinha regras havia especulação da brava e os humanóides (como confundiam egoísmo com inteligência) começaram a tornar ideias em potencial de investimento. Basicamente, vendiam a ideia que um produto era bom para os outros. Imagina só, caro amigo, faziam isso até com pedaços de terra ao qual chamavam países. Como os povos oprimidos e explorados, também havia países explorados. Eles faziam com que os países ficassem sem dinheiro e depois emprestavam com juros e altos! Imagina que havia países que aceitavam tudo o que lhes impunham, alguns diziam que tinham de dar credibilidade aos "mercados" (outro termo estranho que depois percebi ser igual a grandes bancos) e exploravam os humanóides mais pobres até eles ficarem todos "pobres explorados" (como lhes chamei acima). Estas medidas levavam sempre à pobreza e caos nos países pobres, mas eles insistiam que tinha de ser. Ao mesmo tempo os ricos tiravam ainda mais dinheiro dos países pobres e metiam-nos nuns bancos ainda mais desregulados e com menos taxas aos quais chamavam "paraísos fiscais". Bem nem dá para acreditar nisto, pois não? Claro que os pobres se revoltaram e depois uns malucos construíram uma bomba gigante e rebentaram com tudo, imagina só, que foi por causa de uma coisa a que fanaticamente chamavam religião. Poucos humanóides sobreviveram, estes foram depois destruídos pelo asteróide F09451.
Depois faço-te o relatório completo. Isto é só para teres uma ideia da balbúrdia que aqui havia. Agora da minha nave vejo como planeta ainda é bonito. Tem muita água e levo-te algumas células que penso que irão ficar cada vez mais complexas.
Espero chegar depressa ao centro do universo - o planeta terra e encontrar os restantes humanos. Tenho muitas saudades vossas.
Olha trouxe um disco, de uns bons humanóides que fugiam daquela confusão e gravavam no deserto. É um grande, grande disco!
Num planeta insignificante (V2E003), uns seres insignificantes (os humanóides)exploravam seres da mesma espécie, submetendo os pobres coitados a pura escravatura. Ao mesmo tempo uns humanóides de gravata tinham uma reunião e utilizavam uns termos complicados como "globalização" e "profit" - termos que ainda hoje não percebi - mas nunca se referiam aos pobres explorados, era como a exploração tivesse sido banalizada e globalmente aceite. Estes humanóides eram tão egoístas que utilizavam todos os recursos que o insignificante V2E003 podia oferecer, depois andavam à porrada por causa de coisas como petróleo, religião ou pedaços de terra. Seres estranhos devo confessar. Não fiques desesperado caro amigo, tentarei ser breve. Os humanóides eram muito heterogéneos e havia-os de fundo bom. Mas olha isto. Havia uns humanóides que aproveitavam o "profit" e o punham à disposição de todos. Outros humanóides compravam e vendiam todos contentes, havia umas cotações que subiam e desciam, ninguém regulava nada e estes seres criavam produtos que de facto não existiam, mais uma vez davam-lhes nomes peculiares como "derivatives", "credit default swaps" ou "short selling", basicamente serviam para cotar tudo naqueles leilões, até os seguros contra falência, já estás a ver... Como a máquina não tinha regras havia especulação da brava e os humanóides (como confundiam egoísmo com inteligência) começaram a tornar ideias em potencial de investimento. Basicamente, vendiam a ideia que um produto era bom para os outros. Imagina só, caro amigo, faziam isso até com pedaços de terra ao qual chamavam países. Como os povos oprimidos e explorados, também havia países explorados. Eles faziam com que os países ficassem sem dinheiro e depois emprestavam com juros e altos! Imagina que havia países que aceitavam tudo o que lhes impunham, alguns diziam que tinham de dar credibilidade aos "mercados" (outro termo estranho que depois percebi ser igual a grandes bancos) e exploravam os humanóides mais pobres até eles ficarem todos "pobres explorados" (como lhes chamei acima). Estas medidas levavam sempre à pobreza e caos nos países pobres, mas eles insistiam que tinha de ser. Ao mesmo tempo os ricos tiravam ainda mais dinheiro dos países pobres e metiam-nos nuns bancos ainda mais desregulados e com menos taxas aos quais chamavam "paraísos fiscais". Bem nem dá para acreditar nisto, pois não? Claro que os pobres se revoltaram e depois uns malucos construíram uma bomba gigante e rebentaram com tudo, imagina só, que foi por causa de uma coisa a que fanaticamente chamavam religião. Poucos humanóides sobreviveram, estes foram depois destruídos pelo asteróide F09451.
Depois faço-te o relatório completo. Isto é só para teres uma ideia da balbúrdia que aqui havia. Agora da minha nave vejo como planeta ainda é bonito. Tem muita água e levo-te algumas células que penso que irão ficar cada vez mais complexas.
Espero chegar depressa ao centro do universo - o planeta terra e encontrar os restantes humanos. Tenho muitas saudades vossas.
Olha trouxe um disco, de uns bons humanóides que fugiam daquela confusão e gravavam no deserto. É um grande, grande disco!
sábado, novembro 05, 2011
We Are The 99%
DOUG HREAM BLUN, ASCAP - GENTLE PERSUASION (SR)
O que é isto?
O que-quer-que-seja foi gravado em casa do Doug (?) que convidou um pessoal da escola para tocar umas malhas groovy. O Doug cantava suavemente tipo rap erótico e metia umas guitarradas por baixo. A malta da escola olhava para o Doug com admiração embora na maior parte do tempo olhassem para o chão. Curtiram muito e fizeram música brilhante-sundance!
Comparações a Ariel Pink é para esquecer. Estes eram os freaks-for real!
Os outros - os desajustados jantaram esta semana. Eram 20 e assistiram a um jogo no Olimpo. Não foi nada bonito.
O Doug ainda toca na California.
Wild style your smile
:)
O que é isto?
O que-quer-que-seja foi gravado em casa do Doug (?) que convidou um pessoal da escola para tocar umas malhas groovy. O Doug cantava suavemente tipo rap erótico e metia umas guitarradas por baixo. A malta da escola olhava para o Doug com admiração embora na maior parte do tempo olhassem para o chão. Curtiram muito e fizeram música brilhante-sundance!
Comparações a Ariel Pink é para esquecer. Estes eram os freaks-for real!
Os outros - os desajustados jantaram esta semana. Eram 20 e assistiram a um jogo no Olimpo. Não foi nada bonito.
O Doug ainda toca na California.
Wild style your smile
:)
terça-feira, novembro 01, 2011
War on Drugs
GARY HIGGINS - A DREAM A WHILE BACK (Drag City, 2011)
Álbum submerso em ácido. Na recuperação da Drag City, um conjunto de grandes canções (psych-folk?) até agora perdidas em 1970-71, criadas por um talentoso compositor que tirava da alma os acordes e cantava ao acordar - não sabemos se é dor, se é ressaca, álcool, outras drogas ou tudo junto. Vamos com ele, para onde ele nos levar (todos vamos a sítios diferentes). Só voltamos a respirar quando chega Oxygen. Ainda há disso e todos precisamos.
Álbum submerso em ácido. Na recuperação da Drag City, um conjunto de grandes canções (psych-folk?) até agora perdidas em 1970-71, criadas por um talentoso compositor que tirava da alma os acordes e cantava ao acordar - não sabemos se é dor, se é ressaca, álcool, outras drogas ou tudo junto. Vamos com ele, para onde ele nos levar (todos vamos a sítios diferentes). Só voltamos a respirar quando chega Oxygen. Ainda há disso e todos precisamos.
Out of Tune
Once in a while...
REAL ESTATE-DAYS (Domino, 2011)
Começando em San Diego downtown, de bicicleta, subimos em direcção ao mar, apanhamos Sunset Cliffs e ao longo da costa até Ocean Beach. As pessoas estão na varanda a beber ou apenas a apanhar sol (as casas de madeira alinhadas:), umas quando saem do trabalho, outras trabalham sem horário, outras não trabalham. Há concertos na praia, skaters e surfistas. Continuamos para Mission Beach até La Jolla. Aí tomamos banho com os leões marinhos. Só mordem se tivermos peixe na mão.
O imaginário e a via mais directa de lá chegar - o novo álbum dos Real Estate. Pode ser leve, passageiro, mas faz-nos lembrar que não precisamos de ser robots, trabalhar até à exaustão, passar ao lado da vida, para depois não haver reconhecimento, nem dinheiro - que parece ter substituído tudo (até a dignidade) - assim aceitamos o que nos dizem, comemos a inevitabilidade (como se não houvesse outro prato:/), contiuamos a ser robots, a máquina emperra mas demora a partir. No fim queixamo-nos e fazemos competição a ver quem é o mais desgraçado. What`s the point?
REAL ESTATE-DAYS (Domino, 2011)
Começando em San Diego downtown, de bicicleta, subimos em direcção ao mar, apanhamos Sunset Cliffs e ao longo da costa até Ocean Beach. As pessoas estão na varanda a beber ou apenas a apanhar sol (as casas de madeira alinhadas:), umas quando saem do trabalho, outras trabalham sem horário, outras não trabalham. Há concertos na praia, skaters e surfistas. Continuamos para Mission Beach até La Jolla. Aí tomamos banho com os leões marinhos. Só mordem se tivermos peixe na mão.
O imaginário e a via mais directa de lá chegar - o novo álbum dos Real Estate. Pode ser leve, passageiro, mas faz-nos lembrar que não precisamos de ser robots, trabalhar até à exaustão, passar ao lado da vida, para depois não haver reconhecimento, nem dinheiro - que parece ter substituído tudo (até a dignidade) - assim aceitamos o que nos dizem, comemos a inevitabilidade (como se não houvesse outro prato:/), contiuamos a ser robots, a máquina emperra mas demora a partir. No fim queixamo-nos e fazemos competição a ver quem é o mais desgraçado. What`s the point?
sábado, fevereiro 26, 2011
Nada A Perder
Desculpem a intermitência...
PROZAC_MIX_BLIND_JOE_DEATH (ZShare)
PROZAC_MIX_BLIND_JOE_DEATH (SoundCloud)
> gala drop- drop
> tortoise- djed
> oneothrix point never- describing bodies
> oneothrix point never- ouroboros
> phantom band- rolling
> gastr del sol- dry bones in the valley (i saw the light come shining ´round and ´round)
> talk talk- ascension day
> style council- our favourite shop
> barbara morgenstern- ein versuch
> depeche mode- leave in silence
JP*
Subscrever:
Mensagens (Atom)