STEVE REICH- MUSIC FOR 18 MUSICIANS (ECM, 1974- 76)
Obra seminal. Pura catarse.
Esta peça foi escrita para um violoncelo, um violino, dois clarinestes, quatro pianos, três marimbas, dois xilofones, um metalofone e quatro vozes femininas. Ainda assim, avisa Reich, não é aconselhável tocá- la com tão poucos músicos devido às múltiplas e complexas dobragens!
Imagine- se ciclos de onze acordes, cada acorde rodeado de um pedaço de música ou sons adicionados, voltando ao início no fim da peça. Ou seja, uma padrão complexo e único a cada "pulso", assim como um imprinting genético.
Foi usada respiração humana nas vozes e nos sopros, aguentando a nota até ao limite das capacidades, enquanto a descontrução melódica vai acontecendo.
O resultado final é deliciosamente simples e belo! :)
JON HASSELL- LAST NIGHT THE MOON CAME DROPPING ITS CLOTHES IN THE STREET (ECM, 2009)
Talvez seja necessário ouvir Black Sattin de Miles Davis para entrar neste quarto mundo, onde a música étnica, tribal, jazz e electrónica se fundem.
Deixando de parte as colaborações, nomeadamente o incontornável "fourth world vol 1: possible musics" com Brian Eno. Hassell é ele próprio essencial para quem quer navegar pela música indefinida, David Sylvian e Fennesz que o digam.
É impossível identificar onde acaba a improvisação, onde começa o sample ou o meio do acorde; a simbiose é total e o ambiente é refinado até à perfeição. Para isso contribuem músicos de excelência: Peter Freeman no baixo, Kheir Eddine M'Kacich no violino, Jan Bang em alguns samples e Eivind Aarset na guitarra, Hassell conecta tudo não desligando o trompete.
Demasiado importante!
JP*
domingo, dezembro 20, 2009
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